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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Era uma vez... Um causo do tipo - histórias que o povo conta



A rua mencionada era onde ficava o cemitério. Há muito tempo fatos estranhos estavam acontecendo. Alguns diziam ouvir uma mulher que cantava canções de ninar. Já outros, ouviam gemidos estranhos que ecoavam das entranhas dos túmulos. E naquela noite, Josefina testemunhou outro fato. Talvez o mais bizarro.
Ela nos contava meio sem fôlego, tremendo de susto e medo, enquanto a molecada ria e corria do lado de fora da casa.
_Gente, eu vi! Era uma moça... era ela!! Eu a reconheci.
_Calma, Fina - dizia D.Maricota, a costureira; respire e fale devagar.
A casa continuava cheia de gente, cidade do interior... aquelas coisas...todos queriam ouvir o tal caso. Então, ela continuava:
_Ela vinha em minha direção, estava vestida de noiva. Vocês não se lembram? Da professorinha? Que sumiu no dia do casamento?
Era uma história antiga. Os mais novos estavam boquiabertos e os mais velhos relembravam a triste sina da moça.
Fina resfolegava entre um gole d'água e outro.Chamaram o padre para exorcizá-la, as comadres beatas benziam a casa...

O fato é que no dia do casamento, com todos os convidados instalados na igreja da praça, com direito a bolo e docinhos, o padre em traje dominical, todo garboso, ninguém suspeitava o atraso da noiva, porém estranhavam a não presença do noivo.
Onde estaria o noivo?? Sim, porque atraso é coisa de mulher. É sempre a noiva que atrasa!
Mas naquela noite não havia nem a noiva, e muito menos o noivo.
Soube-se depois que o tal futuro marido havia fugido com a mulher do chefe de polícia. Mas... e a noiva???
Essa sim, desapareceu!!
Depois de muita investigação e algumas pistas óbvias, deu-se a solução para o enigma
.Um caso trágico!
A noiva fora sepultada viva. Deram-lhe um sonífero e a enterraram com a roupa do casamento.
Que tragédia!!!!
E... Em noites escuras, vê-se o vulto branco e desolado, de buquê na mão, procurando por seu noivo assassino.


pernas pra que te quero!!!
by Lu Cavichioli

4 comentários:

  1. Ui! Sinistro! Ainda mais depois do dia "punk" que tive hoje, coisas horrendas que presenciei...

    Pra variar, texto belíssimo.
    Beijos, moça que admiro!

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  2. - Falando novamente em coincidências... não sei como foi o dia da Milene, mas eu, por acaso, estou lendo "O Jardim de Ossos", da Tess Gerritsen. Mistério bem trabalhado e suspense bem sustentado por uma trama que gira em torno de mórbidos episódios de roubo de cadáveres e assassinatos em série. Estou na página 290 de 446 e pretendo, ao terminar a leitura, postar uma sinopse nos Sete Ramos.
    - Mas o seu minicauso, moça, merece também uma mini-sinopse:
    - Escrito com maestria, instigante e inspirador (já estou pensando em um conto na mesma linha), é uma jóia pequena, mas valiosa, do fabulário popular de nossa gente.
    - Parabéns, Lu... abraços.

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  3. kkkkk oi Mi, existem muitos mistérios, mais do que nossa mente pode supor!

    Valeu a leitura e presença, linda!

    meu afeto!

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  4. Oi Rodolfo, coincidências existem e as vezes elas nos assustam, né não? rsrs Haja visto sua leitura da vez com a leitura do meu "causo".

    Gosto de suspense e mistérios revelados porque aqueles que nçao revelam-se me irritam grrrr...rs

    Quanto ao causo, é um escrito bem antigo sabe, arranquei do fundo do baú e já que o blog manda ver na memória, cá está ele, bem acordadinho.
    Que bom te receber aqui neo amigo, um grande prazer!
    Obrigada pela leitura e análise.
    super beijo
    Lu

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